A alta do minério de ferro mais a valorização do dólar frente ao real já levam as siderúrgicas a prepararem novo aumento nos preços do aço no mercado brasileiro. No caso do aço plano, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) mais uma vez deve sair na frente das concorrentes.
A empresa, apurou o Valor, está informando os seus clientes do setores de distribuição e industrial que vai aplicar reajustes de 10% a 12,25% a partir de 1º de junho em suas linhas de produtos. Na conferência com analistas há alguns dias para comentar o balanço financeiro referente ao primeiro trimestre, o presidente da companhia, Benjamin Steinbruch já havia falado dessa decisão da companhia de aplicar o aumento a partir do próximo mês.
“Há espaço para recuperação de preços neste trimestre e vamos implementar esses reajustes”, disse à época o executivo.
Fontes do setor também confirmam que as outras siderúrgicas analisam alta na mesma linha. O último aumento de preços ocorreu em final de março e início de abril e foi de 10% a 15%.
“Poderá haver recomposição dos custos que aumentam a cada dia. Mas, os distribuidores ainda não conseguiram repassar os reajustes de março e abril. O mercado está muito ruim. A demanda ainda não voltou”, disse fonte do setor. Ontem, o preço do minério encostou em US$ 100 a tonelada e pode subir mais. A cotação do dólar já passou de R$ 4,00.
Dentre as produtoras de aços planos, a Usiminas é a que se encontra com os custos mais apertados, de acordo com analistas. Isso porque a companhia compra de 80 mil a 100 mil toneladas de placas por mês por até US$ 530 toneladas a tonelada. “Na atual circunstância com o preço da placa nesse patamar será difícil a Usiminas segurar o reajuste.”
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